O Guru Carrapato
Montado serenamente,
Entre pêlos sedosos,
Sugando um bom prato
Nas costas do Gordo Gato
Estava Rajanesh Rajado
- Aquele Que Nem se Mexe -
O Guru Carrapato.
Tão enfastiado, estufado,
Enquanto chupava
O sangue que amava,
Rajanesh Rajado
Repetia o mantra do universo
Em prosa e verso,
Deixando o Gordo Gato
Em contemplativo estado:
Nhomm... Nhomm...
Dai-me sangue bomm...
Mas o dono do Gordo Gato,
Praticante místico novato,
Tratou do bichano em seu tormento.
Com a sabedoria de se queimar karma
De toda aprisionada alma
É que se liberta do sofrimento.
Realizou assim pequeno sacrifício
Por meio de eficaz artifício:
Num ritual de transformação
iniciou Guru Carrapato,
O Rajado Rajanesh
- Aquele Que Nem se Mexe -
No Caminho da iluminação.
Defumou ar e ambiente
Com incenso de mirra
Pra elevar a mente.
E com brasa ardente
Atingiu bem na mira
Rajanesh Rajado
- Aquele que Nem se Mexe -
O Guru Carrapato.
A brasa em chama
Fazia cócegas
Na barriga rotunda
De Guru Carrapato.
E mesmo sugando o que ama,
Saiu de meditação profunda,
desfez a postura de yoga
E ao gargalhar quase se afoga.
Rajanesh Rajado,
O Guru Carrapato
- Aquele que Nem se Mexe -
e nem se mexer vai mais,
virou manchete dos jornais.
Na voz de Cid Toupeira
- Aquele que só fala asneira -
anuncia aos discípulos carrapatóides
levitando leves entre asteróides,
que escutam em pasmaceira:
“Morre carbonizado
Rajanesh Rajado,
O Guru Carrapato
- Aquele Que Nem se Mexe -
e nem mais há de se mexer de fato.
Pelo Santo Incenso foi canonizado.”
O ar se enche então de prana.
Rajanesh atingiu o Nirvana.
O Guru Mestre iluminado.
Gordo Gato dorme descansado
Até que o próximo Guru Carrapato
Seja nesta vida reencarnado.
Entre pêlos sedosos,
Sugando um bom prato
Nas costas do Gordo Gato
Estava Rajanesh Rajado
- Aquele Que Nem se Mexe -
O Guru Carrapato.
Tão enfastiado, estufado,
Enquanto chupava
O sangue que amava,
Rajanesh Rajado
Repetia o mantra do universo
Em prosa e verso,
Deixando o Gordo Gato
Em contemplativo estado:
Nhomm... Nhomm...
Dai-me sangue bomm...
Mas o dono do Gordo Gato,
Praticante místico novato,
Tratou do bichano em seu tormento.
Com a sabedoria de se queimar karma
De toda aprisionada alma
É que se liberta do sofrimento.
Realizou assim pequeno sacrifício
Por meio de eficaz artifício:
Num ritual de transformação
iniciou Guru Carrapato,
O Rajado Rajanesh
- Aquele Que Nem se Mexe -
No Caminho da iluminação.
Defumou ar e ambiente
Com incenso de mirra
Pra elevar a mente.
E com brasa ardente
Atingiu bem na mira
Rajanesh Rajado
- Aquele que Nem se Mexe -
O Guru Carrapato.
A brasa em chama
Fazia cócegas
Na barriga rotunda
De Guru Carrapato.
E mesmo sugando o que ama,
Saiu de meditação profunda,
desfez a postura de yoga
E ao gargalhar quase se afoga.
Rajanesh Rajado,
O Guru Carrapato
- Aquele que Nem se Mexe -
e nem se mexer vai mais,
virou manchete dos jornais.
Na voz de Cid Toupeira
- Aquele que só fala asneira -
anuncia aos discípulos carrapatóides
levitando leves entre asteróides,
que escutam em pasmaceira:
“Morre carbonizado
Rajanesh Rajado,
O Guru Carrapato
- Aquele Que Nem se Mexe -
e nem mais há de se mexer de fato.
Pelo Santo Incenso foi canonizado.”
O ar se enche então de prana.
Rajanesh atingiu o Nirvana.
O Guru Mestre iluminado.
Gordo Gato dorme descansado
Até que o próximo Guru Carrapato
Seja nesta vida reencarnado.
Márcia Széliga